26 de mai. de 2011

15 de mai. de 2011



Actividades:

- Inauguração com actividades promovidas pela Biblioteca Municipal de Silves;

- Exposição fotográfica "Ser diferente é normal", da autoria de um jovem com Necessidades Educativas Especiais;

- Concurso de leitura (onde são premiados os melhores leitores de cada ano de escolaridade);

-Leituras partilhadas (professores, alunos e auxiliares de acção educativa são convidados a ler ou contar histórias);

- "Conta-me uma história" (os familiares dos alunos são convidados para virem à escola contar ou ler histórias);

- Feira do Livro Usado.

10 de mai. de 2011

Arte e Leitura

   Agora chegou a vez dos alunos dos 3º e 4º anos trabalharem as Artes na Biblioteca Escolar!

   O pequeno vídeo que se segue servirá de inspiração para o desafio que a Biblioteca Escolar lançou a estes alunos: recriar um rosto humano a partir de recortes de imagens variadas, que facilmente encontram em jornais e revistas. Este desafio também pode ser realizado em casa, com a ajuda dos pais.
   Participa  e dá a conhecer, aqui, o teu trabalho!

3 de mai. de 2011

Autor do Mês - Luísa Ducla Soares

Luísa Ducla Soares


     Nasceu em Lisboa a 20 de Julho de 1939 e licenciou-se em Filologia Germânica.
     Iniciou a sua actividade profissional como tradutora, consultora literária jornalista, tendo sido directora da revista de divulgação cultural. Foi colaboradora de diversos jornais e revistas. Foi adjunta do Gabinete do Ministro da Educação. Trabalha desde 1976 na Biblioteca Nacional onde iniciou a sua actividade, realizando uma bibliografia de literatura para crianças e jovens em Portugal. Publicou mais de 80 obras de literatura.
     É sócia fundadora do Instituto de Apoio à Criança. Escreve guiões televisivos e preparou diversos sites de Internet.

     Vários poemas seus foram musicados, tendo sido editado em 1999 um CD com letras exclusivamente de sua autoria musicados por Susana Ralha.

     Participa frequentemente em palestras e encontros.

     Recusou por motivos políticos, o grande prémio de Literatura Infantil.

     Recebeu o prémio de Calouste Gulbenkian para o melhor livro do biénio e foi premiada também pelo conjunto da sua obra em 1996, em 2004 foi seleccionada como candidata portuguesa ao prémio Hans Christian Andersen.

                             
Algumas obras da autora:

Contrato (poesia), 1970

A História da Papoila, prosa (Infanto-Juvenil), 1973; 1977

Maria Papoila, prosa (Infanto-Juvenil), 1973; 2002

O Urso e a Formiga, prosa (Infanto-Juvenil), 1973; 2002

O Dr. Lauro e o Dinossauro, prosa (Infanto-Juvenil), 1973; 1988

O Soldado João, prosa (Infanto-Juvenil), 1973; 2002

O Ratinho Marinheiro, (poesia para a infância), 1973; 2001

O Gato e o Rato, prosa (Infanto-Juvenil), 1973; 1977

Oito Histórias Infantis, prosa (Infanto-Juvenil), 1975

O Meio Galo e Outras Histórias, prosa (Infanto-Juvenil), 1976;2001

Mais Lengalengas (recolhas), Livros Horizonte, 2007

Desejo de Natal (Infanto-Juvenil), Civilização, 2007

Há Sempre uma Estrela no Natal, contos (Infanto-Juvenil), Civilização, 2006





Poema do Mês

Mundo a Ler

      Estes são alguns exemplos de "banco-livro", criados por artistas plásticos, para embelezarem jardins e praças de Istambul!
     Uma ideia original!

Acordo Ortográfico

Sobre o acordo ortográfico...um texto que vale mesmo a pena ler!


Um "cê" a mais

     Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tantos fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.
     Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.
     As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar.

Manuel Halpern